Sr. Horan - Capítulo 18.




Pisquei os olhos sentindo as lagrimas caírem. Não podia deixar ele fazer isso comigo. Ele se inclinou em minha direção para me dar um beijo. Cada vez mais perto até que eu cuspi em seu rosto. Ele colocou a mão direita em meu pescoço e apertou-o com força fazendo-me ficar sem ar. Quando percebeu que eu não tinha mais fôlego para lutar, beijou-me. Esmagando sua língua com a minha. E veio a falta de ar para os dois. Ele parou o beijo. Quando tentei empurrá-lo novamente, ele tirou um corda da calça aberta e amarrou meus punhos e depois de  estarem juntos, prendeu-os cabeceira de ferro da cama. Ele escapou de todas as tentativas que fiz para socá-lo. Desceu os beijos até minha barriga, mordendo-a até ficar vermelha e machucada. Dois dedos entraram no tecido da calcinha, chegando muito perto de minha intimidade. Eu estava morrendo de nojo, enquanto as lágrimas caiam. Quando tentei chutá-lo, ele apertou fortemente minhas coxas, separando-as e deixando a marca avermelhada de suas mãos. Já sem calça, ele ficou por cima de mim e esfregou seu membro ereto em meu sexo, enquanto chupava as lágrimas que caiam, divertindo-se com meu sofrimento.

Ouvi um estrondo, e o cara que estava em cima de mim foi jogado para longe. Olhei para o lado e Vi Niall batendo no mesmo e xingando-o. Havia alguns policias atrás dele tentando fazer Niall parar de socá-lo. Um veio até o meu lado e desamarrou-me da cama e meus punhos. Não consegui fazer nada além de me encolher no cantinho da cama e chorar mais ainda, sentindo nojo e medo. Niall me viu ali e caminhou em minha direção e me abraçou apertado.

 - Me desculpe, bebê. Me desculpe... – ele disse comigo em seus braços ao pranto. – Não chore. Passou, estou aqui. Eu vou levá-la ao medico tá ? – Assenti.

Ele tirou a corda que ainda estava sobre os meus pulsos e beijou as marcas que elas deixaram. Niall me deu sua blusa de frio, que ficou como um vestido em mim e me levou até o carro no colo. Fomos para o médico, nós dois no banco de trás, enquanto Jhon dirigia. 

- Kate, por favor, me desculpe. Eu devia ter descido com você. Meu Deus, você está muito machucada. -  disse passando as mão em meu rosto.– Quando encontrar o Alex, eu vou matá-lo. Se ele batesse em mim tudo bem, mas em você, não. Eu vou matá-lo. 

- Não foi o Alex, Niall.

- Você está o defendendo mesmo depois de todo mal que ele fez a você ? – ele perguntou, incrédulo.

- Não. Droga, nós podemos mudar de assunto, por favor ?

- Desculpe, não chore, Kate, assim você acaba comigo... – disse me abraçando. - Vamos, nós chegamos. 

- Eu quero ir para o hotel.

- Não, Kate, você está muito machucada. Eu preciso saber se você está realmente bem.

Já no hospital fiz vários exames, e fui diagnosticada com duas costelas fraturadas, ferimentos preocupantes na cabeça e vários hematomas pelo corpo. Eu estava saindo do quarto do hospital, quando o delegado veio falar com Niall. 

 - Primeiramente, vou fazer umas perguntas para você, Niall. – ele assentiu.

Fiquei no quarto, enquanto os dois saiam do mesmo para conversar. Eu ouvia os sussurros do outro lado da porta e ficava imaginando o que eles estavam falando. Sentei-me na cama para esperar, sentindo as dores no corpo. Eu precisava tomar um longo banho. Sentia-me enojada de estar cheirando ao Homem de Cabelos Castanhos. Ainda lembrava da sensação horrível de suas mãos tocando-me. Fui até o espelho mais próximo e abri o roupão branco e grande do hospital. Ainda estava com as mesmas lingeries, mas eu não tinha aquelas marcas. Algumas roxas, outras vermelhas. Espalhadas pelas costelas doloridas, pescoço, pulsos e interior das coxas, onde havia a marca da palma do homem. Uma lembrança que ele fez questão de deixar. Mas as que chamavam mais atenção eram a do rosto. Uma marca roxa em volta do olho esquerdo, uma marca bem avermelhada na bochecha, com um corte no canto da boca. Fechei o roupão rapidamente, quando bateram na porta e também querendo me livrar daquela imagem horrível. 
- Bebê ? - Niall colocou a cabeça pela fresta da porta. - Meu Deus, Kate, você não pode fazer esforço algum. Sente-se agora. - Ele fez cara feia e ajudou-me a sentar na cama. - O delegado quer fazer algumas perguntas. Você não é obrigada a fazer isso agora. Só se estiver sentindo-se melhor. 
- Tudo bem. Eu quero contar o que sei. 
Ele hesitou, mas acabou assentindo, liberando a entrada do delegado.
- Bom dia, Sra. Horan. - Disse o delegado oferecendo-me a mão estendida.
Vi que Niall sorriu, pela primeira vez, ao ver que o delegado me chamou pelo seu sobrenome. E eu teria sorrido também, se não fosse doloroso.
- Bom dia, delegado.
- Quero que me conte como tudo aconteceu. Em detalhes, por favor.
Contei tudo o que sabia. Dizendo que quando desci para a garagem, acertaram-me na cabeça e acabei desmaiando. Ele perguntou se eu sabia que trajeto tínhamos feito, mas eu estava totalmente apagada na hora. Que só acordei em um local que parecia um quarto abandonado e sujo. Que vi a Rawinne e que ela me bateu com uma tábua. Que houvi uma conversa sobre pedir resgate a um milionário que devia ser Niall e ninguém poderia saber que ela estava por trás disso. Depois apaguei novamente e quando acordei o homem moreno tentou estuprar-me, mas não conseguiu. Foi quando Niall chegou com os policiais.
- Obrigada, Sra. Horan. Nós interrogaremos a suspeita, Rawinne. E o homem que estava com você no alojamento já foi preso. Faremos o possível para que a lei seja feita e agradecemos o seu depoimento.
Apertei sua mão estendida e ele saiu, dando um aceno de cabeça para Niall.